III FESTIVAL DE MÚSICA ANTIGA DE AMARANTE
Bem-vindo ao
O Festival de Música Antiga de Amarante (FMAA)organizado pelo Centro Cultural de Amarante Maria Amélia Laranjeira, está de volta pelo terceiro ano consecutivo.
Esta nova edição, decorrerá entre 28 de setembro e 19 de outubro de 2024, e pretende, renovar os objetivos traçados desde a primeira edição, a valorização do património histórico do concelho que herdamos do passado através da música.
Nesta perspetiva promover o património cultural da região, nomeadamente as suas igrejas históricas através da música antiga, sendo cada concerto uma oportunidade para o público, conhecer a riqueza arquitetónica revestida pelas igrejas, e espaços que acolhem estes eventos. Destacamos a Igreja da Misericórdia de Amarante, a Sala de Exposições Temporárias do Museu Amadeo de Souza-Cardoso de Amarante, a Casa da Granja (Amarante). A implementação do festival na região, é também uma aposta estratégica do Centro Cultural de Amarante, desta forma levamos pela primeira vez, parte da programação ao Mosteiro de Pombeiro, em Felgueiras, com um concerto para órgão de tubos.
A edição de 2024, apresenta quatro concertos com características e repertórios diversificados, desde o séc. XVI ao séc. XVIII, partindo de instrumentos da época, passando pela voz, celebrando um património artístico e cultural com características singulares. Teremos uma visita guiada em torno da iconografia musical na obra de Amadeo de Souza-Cardoso, e uma palestra sobre Séculos de histórias: o Barroco em diálogo com os cinco sentidos, no Mosteiro de Pombeiro.
O festival reforça a sua matriz pedagógica essencial para um crescimento sustentado no âmbito das práticas da música antiga, promovendo uma formação interdisciplinar no âmbito da música, dança e teatro, culminando numa apresentação em torno da temática O elogio das artes no tempo do barroco.
Pretendemos que o FMAA represente, gradualmente e de forma sustentada, uma referência na cidade e na região envolvente, na difusão da música antiga e do património histórico.
Presidente do Centro Cultural de Amarante – Dr. João Francisco de Abreu Laranjeira Lima
Direção Artística – Prof. Alexandre Andrade
COMISSÃO ORGANIZADORA
Coordenação | Direção do Centro Cultural de Amarante
Direção artística | Alexandre Andrade
Coordenação pedagógica | Telmo Sousa, Joana Raposo e Sónia Duarte
PARCERIAS
Câmara Municipal de Amarante
Museu Amadeo de Souza-Cardoso
Casa da Granja
Santa Casa da Misericórdia de Amarante
APOIOS
DGARTES, Ministério da Cultura
ANTENA 2
Rota do Românico
Património Cultural
Câmara Municipal de Felgueiras
Concerto IBERIAN ENSEMBLE
19h00 | IGREJA DA MISERICÓRDIA DE AMARANTE
O IBERIAN EMSEMBLE fundado em 2012 por Alexandre Andrade tem por objetivo congregar a pesquisa musicológica e a performance da música instrumental ibérica do séc. XVIII. A própria designação do grupo reporta-nos para a nossa história da música, onde músicos, e músicas, entre Portugal e Espanha repartiam os mesmos lugares de criação e fruição intercultural desde a idade média e prolongando-se até ao séc. XIX.
O grupo congrega músicos de diversos horizontes musicais, linguagens e estilos, sempre no âmbito das práticas da música antiga. Partindo do traverso (flauta barroca), e conciliando outros instrumentos; oboé barroco, fagote barroco, chalumeau, violino barroco, sustentado pelo cravo, violoncelo barroco, viola da gamba, teorba, guitarra barroca, e alaúde barroco, o IBERIAN EMSEMBLE assume variadas formações, sempre em função do repertório a ser trabalhado. A riqueza estilística dos repertórios do barroco ibério, italiano, e suas relações com o Brasil, partindo da interpretação historicamente informada, são também, os desafios colocados por todos os elementos que constituem este projeto. Desde a sua génese, tem trabalhado, ininterruptamente, com autarquias, associações, universidades, academias e conservatórios de música, museus, festivais, entidades culturais, em Portugal continental, Açores, Espanha, Reino Unido, República Checa, Croácia, Sérvia e Brasil.
No plano da formação procura, também, fomentar o contacto e a aprendizagem, junto dos mais jovens, para o universo dos instrumentos antigos.
MÚSICOS
Alexandre Andrade – flauta barroca
Nuno Soares – violino barroco
David Cruz – violoncelo barroco
Ivan Oliveira – Tiorba e guitarra barroca
Catarina Sousa – cravo
PROGRAMA DE CONCERTO
Barroco Atlântico
O Barroco Atlântico, proposta para este concerto, marcam este quadro sonoro, partindo da música instrumental.
Começamos este recital com a obra dos irmãos Pla, virtuosos instrumentistas oriundos de Espanha, viriam a desempenhar um papel importante ao serviço da corte de D. José I, integrando a Real Orquestra de Câmara de Lisboa. Juan e José Pla destacaram-se não só como excelentes instrumentistas (no oboé, flauta e fagote), bem como dedicaram-se à composição, publicando uma vasta obra para flauta, violino, oboé e continuo, sempre numa linguagem galante bem ao estilo cosmopolita da sua época.
De seguida apresentamos uma sonata de D. Scarlatti, mestre da Capela Realde D. João V. Centrado nas suas sonatas escritas para um instrumento melódico e continuo, este grupo reduzido de obras, que é o caso da K.91, apresentam-se de forma versátil na sua abordagem, as quais poderiam ser interpretadas por um violino, oboé, flauta de bisel, bandolim ou flauta traversa, e continuo.
De Itália apresentamos, também, uma sonata para violoncelo e continuo de B. Marcello, compositor veneziano. O violoncelo assume neste contexto o papel de solista, deixando a sua função habitual de continuo. Um leque alargado de sonoridades e exploração dos diferentes registos do instrumento são a marca de destaque que esta obra assume.
Fazemos uma incursão a G. P. Telemann compositor alemão, figura incontornável do barroco europeu. A sua obra influenciou outros compositores em toda a Europa, pela sua mestria e qualidade, bem patente na escrita utilizada, em todos os géneros musicais que desafiou escrever. A trio sonata TWV 42:D para flauta, violino e continuo é um bom exemplo, repleto de detalhes bem ao estilo galante da época.
Temos ainda o concerto de câmara RV92 de A. Vivaldi encerra este programa, alusivo ao barroco atlântico, e ibérico, bem como as suas influências maiores. Assim como Corelli, Vivaldi é o expoente máximo do barroco italiano, a sua vastíssima e importante obra é hoje amplamente conhecida. Um desafio constante para todos os instrumentos, desperta o lado virtuoso do instrumentista, sempre sem perder a sua essência camarística.
TRIO SONATA Nº5, SOL MAIOR JUAN PLA, JOSÉ PLA
SONATA EM MÍ MENOR, K. 91 D. SCARLATTI
SONATA EM SOL MAIOR B. MARCELLO
TRIO SONATA Nº 6, RÉ MAIOR, TWV42:D G. P. TELEMANN
CONCERTO PARA FLAUTA, VIOLINO E VIOLONCELO, RV92 A. VIVALDI
NOTAS BIOGRÁFICAS
ALEXANDRE ANDRADE
Natural de Souto, concelho de Santa Maria da Feira, é professor no Conservatório de Música da Jobra, Conservatório de Amarante, Convidado da Universidade Federal de Alagoas e Universidade Federal da Bahia (Brasil). É Licenciado em Ensino de Flauta Transversal (Universidade de Aveiro) em 1995, na classe de Pedro Couto Soares, realizou o Mestrado em Performance na Irlanda (Waterford Institute of Technology) em 1997. Doutorou-se em Música (Universidade de Aveiro) em 2005, dedicando a sua tese A presença da flauta traversa em Portugal de 1750 A 1850, seu repertório e performance do traverso na 2ª metade do séc. XVIII e 1ª metade do séc. XIX. Em setembro de 2016, concluiu o Mestrado em Interpretação – Música Antiga – Traverso, na ESMAE (Porto) na classe do prof. Olavo Barros. Também trabalhou em Orquestra Barroca com os professores Pedro Sousa e Silva, Ana Mafalda Castro, Benjamim Chénier e Marco Ceccato. Membro fundador dos agrupamentos Ensemble Ars Iberica, Iberian Ensemble e Ventos do Atlântico tem realizado concertos e formação na área da Música Antiga em Portugal continental, Açores, Espanha; Inglaterra, República Checa, Sérvia, Croácia e Brasil.
NUNO SOARES
Nasceu na cidade do Porto e iniciou os seus estudos musicais aos seis anos de idade na Academia de Música de Viana do Castelo. A sua formação como violinista foi inicialmente orientada pelo professor Macau Filipe. Em 1992 ingressou na Escola Profissional Artística do Vale do Ave – Artave, da qual se graduou em 1998, tendo estudado violino com Suzanna Lidegran e com o professor Alberto Gaio Lima. Licenciado pelo Royal College of Music (Londres). Aluno da classe de violino de Felix Andrievsky, estudou também viola com Brian Hawkins e direcção de orquestra com Neil Thomson. Em Julho de 2000 foi-lhe atribuído o Prémio Dove pelo Royal College of Music, prémio atribuído ao melhor violinista do curso. Nuno Soares apresenta-se regularmente como concertista, em recitais de violino solo, ou acompanhado pelos pianistas Youri Popov, Helena Marinho, Cristina Casale, Ilya Sinaisky, Jakub Czekierda e Karolina Kowalczewska em Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Polónia, Cabo Verde e nos Estados Unidos da América. Dos seus êxitos como concertista destacam-se a interpretação da Sinfonia Concertante de Mozart com a Dulwich Orchestral Society – Londres sob a direcção do maestro Julian Williamson e que foi a sua estreia como violetista; o Concerto de Sibelius com a Orquestra Artave e o maestro Ernst Schelle; o Concerto de Beethoven e o Concerto Nº 4 de Mozart com a Orquestra do Norte e o maestro Ferreira Lobo; o Concerto de Vieuxtemps Nº 5 com a Orquestra da EPMVC e o maestro Ernst Schelle; o Concerto nº 1 de Schostakovich com a Orquestra Clássica de Espinho e o maestro Pedro Neves. Apresentações com a Camerata Medina incluíram concertos de violino de Bach e Vivaldi.
DAVID CRUZ Licenciatura pela Academia Nacional Superior de Orquestra MM (Master in Music) – Indiana University DMA (Doctor of Musical Arts) – Boston University BIOGRAFIA Inicia os seus estudos musicais no Centro de Cultura Musical e na Escola Profissional Artística do Vale do Ave. Licenciado pela Academia Nacional Superior de Orquestra na classe do violoncelista Paulo Gaio Lima. Continua os seus estudos musicais nos Estados Unidos na Universidade de Indiana, onde estuda com Tsuyoshi Tsutsumi e Janos Starker. Lecciona na String Academy da mesma Universidade como assistente da violoncelista Susan Moses. São-lhe dedicadas várias obras, a destacar a obra “Passo Cruzado” (suite para violoncelo solo), pelo compositor polaco Igor Iwanek, estreada no “Boston Portuguese Festival”, em 2012, e a obra “Circumloquios Enrevesados” pelo compositor mexicano Alejandro Castillo, estreada em agosto de 2009, em Bloomington, EUA. Termina, em junho de 2014, o Doutoramento em Música na Boston University, sob a direção dos violoncelistas Michael Reynolds e George Neikrug. Na mesma Universidade trabalha na vertente de quarteto de cordas com Raphael Hillyer, membro fundador do Quarteto Julliard. Realiza como tese um estudo analítico sobre as obras para violoncelo do compositor Português Fernando Lopes Graça. Na mesma Universidade foi Professor Assistente de Michael Reynolds e foi premiado como membro da Honor Society Phi Kappa Lambda. Na vertente de música antiga, integra como parte dos seus estudos de Doutoramento, estudos na área da interpretação antiga e da performance de violoncelo barroco e viola da Gamba. Trabalha a nível da performance instrumental, violoncelo barroco com Sara Freiburg (Boston Barroque) e viola da gamba com Laura Jeppeson (Boston Baroque). Participa em masterclasses com Phoebe Carrai (Julliard School of Music) e Stanley Ritchie (Indiana University). Realiza concertos concertos a solo e em música de câmara como violoncelista barroco e gambista . De 2001 a 2003 é membro da Orquestra de Jovens da União Europeia, realizando concertos em algumas das principais salas de concerto europeias atuando sobre a direção de maestros como Sir Colin Davis e Vladimir Ashkenadzy. É atualmente professor na Universidade de Aveiro e no Instituto Superior Jean Piaget de Viseu. Atua regularmente a solo e em música de câmara (como membro do Quarteto Suggia), na Europa e Estados Unidos. Realiza regularmente masterclasses em Portugal, Espanha, Brasil e EUA.
IVAN OLIVEIRA
Formado em cordas dedilhadas históricas pelo Conservatório Dramático Musical Dr. Carlos Campos na cidade de Tatuí, interior de São Paulo, iniciou seus estudos em 2012, sendo o primeiro aluno do curso a se formar, em 2016, sobre a orientação da professora Dagma Eid. No Brasil foi bolsista no Grupo de Performance Histórica do conservatório de Tatuí de 2013 a 2016, onde actuou como alaúdista do grupo. Participou também como continuísta no Ensemble de Performance Histórica do conservatório de Tatuí, onde tocou como aluno de 2013 à 2016 e após isso, como convidado do grupo até 2019. Integrou em 2017 a orquestra Cláudio Monteverdi, onde actuou como teorbista na ópera L’Orpheu de Monteverdi em Goiânia – GO, sob a regência do maestro italiano Roberto Zarpellon. Em 2018 integrou a Orquestra Barroca do Brasil, onde actuou como teorbista sob a direção do Maestro e violoncelista João Guilherme Figueredo. Em 2019 é convidado a participar do grupo Trupe Barroca, com o qual apresentou as quatro estações de Vivaldi no teatro São Pedro em São Paulo. Ainda em 2019 integrou o grupo Barca Del 700 como teorbista nas execuções de Membro Jesu Nostri de Buxtehude e O Messias de Handel sob a regência do maestro Martinho Lutero. Em 2020, ingressa na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo – ESMAE no Porto, para o curso de licenciatura em alaúde, sob a orientação dos professores Ronaldo Lopes (BRA) e Hugo Sanches (POR), tendo também aulas de música de câmara com a professora e cravista Ana Mafalda Castro (POR) e com o professor e violista da gamba Xurxo Varela (ESP). Em Portugal participa como músico convidado junto a orquestra sinfónica do conservatório do Porto na récita da ópera Fairy Queen, de Henry Purcell, na Casa da Música. Em setembro de 2022 participou do Opera Studio de Cedeira na récita da ópera Dido e Aeneas de Henry Purcell. Participou de masterclasses com Daniel Morais (BRA), Dolores Costoyas (ARG), William Carter (USA) e Regina Albanez (BRA). Atualmente reside no Porto.
CATARINA SOUSA
Iniciou os seus estudos de piano como autodidata tendo tido aulas particulares anos mais tarde. Aos 9 anos de idade ingressa na Academia de Música de Vilar do Paraíso onde conclui o 8º grau de Piano na classe da professora Anabela Matos bem como o 5º grau de viola d’arco na classe da professora Carina Rocha. Em 2012 inicia a licenciatura em cravo na Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESART) sob a orientação do professor João Paulo Janeiro, a qual conclui em 2015. Tem participado em inúmeros cursos, workshops e masterclasses de música dos quais se destacam o Curso Internacional de Música Antigua de Arija (Espanha), CIMA – Cursos Internacionais de Música Antiga de Castelo Branco (Portugal), Workshops de Reparação de Cravo, Encontro de Violas, Curso de Direcção Coral e Instrumental, entre outros. Tem vindo a aperfeiçoar-se com profissionais de renome internacional tais como: Ketil Haugsand, Fernando López Pan, Samuel Maíllo, Chiara Tiboni, António Carrilho, Javier Aguirre, Orlanda Velez Isidro, Antoinette Lohmann, Rafael Bonavita, Katalin Hrivnak e Orlando D’Achille. Participou no coro KoruS – Coro de Câmara dirigido pelo maestro José Carlos Oliveira em 2012. Foi pianista acompanhadora na Escola de Música do Centro de Cultura Pedro Álvares Cabral em Belmonte desde 2013 até 2014. Foi solista com a orquestra Concerto Ibérico Orquestra Barroca em Junho e Julho de 2014. Finalizou o mestrado em Interpretação Artística em 2017 e encontra-se a actualmente a concluir o mestrado em Ensino da Música em Cravo (Curso de Música Antiga CMA) na Escola Superior de Artes e Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto (ESMAE/IPP) na classe da professora Ana Mafalda Castro.
PALESTRA – SÉCULOS DE HISTÓRIAS: O BARROCO EM DIÁLOGO COM OS CINCO SENTIDOS| Sónia Duarte
18h00 | MOSTEIRO DE POMBEIRO (FELGUEIRAS)
SÓNIA DUARTE
É professora, investigadora e possui doutoramento em História da Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com a nota máxima. Estudou Ciências Musicais (FCSH/NOVA); Educação Musical (ESE/IPP); História da Arte (FLUP); Conservação e Restauro de Pintura (CCI); Piano e Percussão (Conservatório de Música do Porto). Foi bolseira do Museo Nacional do Prado, para o estudo da pintura barroca (2018); da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP/ ARTIS – Instituto de História da Arte (2017-22), para a tese doutoral e construção da base de dados de pintura e iconografia musical em Portugal; do Ministério da Cultura / Museu Nacional da Música (2010-11); e da Câmara Municipal de Penafiel / Arquivo Histórico (2013). É autora de mais de uma centena de artigos, recensões, capítulos de livro e conferências, mormente, em torno da pintura, da retratística musical e da iconografia musical em Portugal, estendendo-se, por ora, de Alvaro Pirez d’Évora a Maria de Lurdes de Mello e Castro, passando por Sofia de Souza e tantos outros nomes.
CONCERTO DE ÓRGÃO – Ricardo Toste
19h00 | MOSTEIRO DE POMBEIRO (FELGUEIRAS)
Natural de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, Ricardo Toste iniciou os estudos de Órgão com António Duarte em 2001. Em 2006, ingressou na Universidade de Aveiro, no curso de Licenciatura emMúsica sob orientação de Domingos Peixoto, Edite Rocha e o Mestrado sob orientação de António Mota. Em 2015 concluiu o mestrado em Teoria e Formação Musical e em 2020 o mestrado em Órgão de Tubos na mesma universidade. Frequentou classes de aperfeiçoamento de Órgão com Louis Robilliard, Jon Laukvik, Andreas Arand, Montserrat Torrent e António Esteireiro e recentemente iniciou os estudos em Cravo com o cravista Miguel Jalôto.
Realizou vários concertos a solo em Portugal Continental e ilhas dos Açores.
Como continuista, tocou com a Orquestra Filarmonia das Beiras sob direção de António Vassalo Lourenço, Paulo Lourenço, Michael Form, Miguel Jalôto e Jan Wierzba. Destacam-se algumas das obras mais emblemáticas de J.S.Bach tais como Magnificat, Oratória de Natal, Oratória de Páscoa, Paixão Segundo São João e Paixão Segundo São Mateus.
Participa com regularidade como continuista com o Ensemble Moços do Coro sob direção de Nuno Almeida e Alla Bastarda sob direção de César Nogueira. Em 2023 tocou com a Orquestra Gulbenkian a Missa Solemnis de Beethoven sob orientação de Matthew Halls.
Organizou o 1º Festival de Órgão de Tubos de Angra do Heroísmo em 2010, foi diretor executivo da 1ª Academia Ludovice Ensemble na cidade de Aveiro em 2021, foi diretor artístico do ciclo de concertos da Semana Santa na cidade de Aveiro em 2019,2022, 2023 e 2024.
É diretor artístico do Ciclo Internacional de Órgão de Felgueiras, vice-presidente da Associação Musical Pró-Organo e diretor executivo da Academia Ludovice – Aveiro.
Leciona as disciplinas de Formação Musical e Órgão no Conservatório de Música da Bairrada e Conservatório de Música de Águeda. Foi organista da Sé de Angra do Heroísmo e é organista na Sé de Aveiro.
PROGRAMA DE CONCERTO
– Tiento 7º tono por A la mi re J. Cabanilles
– Galliarda H. Scheidman
– Ciacona G. Muffat
– Paduana Lachrimae J.P.Sweelinck
– Corrente italiana J. Cabanilles
– Tiento sobre la letania de la Virgen P. Bruna
– Prelúdio em Sol menor BuxWV 163 D. Buxtehude
– Ballo della battaglia B. Storace
HÁ MÚSICA EM AMADEO |SÓNIA DUARTE
17h00 | SALA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS DO MUSEU AMADEO DE SOUZA-CARDOSO
SÓNIA DUARTE
É professora, investigadora e possui doutoramento em História da Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com a nota máxima. Estudou Ciências Musicais (FCSH/NOVA); Educação Musical (ESE/IPP); História da Arte (FLUP); Conservação e Restauro de Pintura (CCI); Piano e Percussão (Conservatório de Música do Porto). Foi bolseira do Museo Nacional do Prado, para o estudo da pintura barroca (2018); da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP/ ARTIS – Instituto de História da Arte (2017-22), para a tese doutoral e construção da base de dados de pintura e iconografia musical em Portugal; do Ministério da Cultura / Museu Nacional da Música (2010-11); e da Câmara Municipal de Penafiel / Arquivo Histórico (2013). É autora de mais de uma centena de artigos, recensões, capítulos de livro e conferências, mormente, em torno da pintura, da retratística musical e da iconografia musical em Portugal, estendendo-se, por ora, de Alvaro Pirez d’Évora a Maria de Lurdes de Mello e Castro, passando por Sofia de Souza e tantos outros nomes.
CAMERATA PORTVENSIS
18h00 | SALA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS DO MUSEU AMADEO DE SOUZA-CARDOSO
CAMERATA PORTVENSIS
A Camerata Portvensis nasce do desejo de explorar repertório para ensemble vocal feminino de várias formações. Criado em 2022 pelas sopranos Beatriz Amaral, Inês Cunha e Patrícia Pescadinha e pelo teorbista Ivan Oliveira, o grupo tem explorado profundamente o repertório para este tipo de formação dos séculos XVII e XVIII, explorando os mais variados repertórios, tendo já executado repertório francês (nomeadamente Clerambault e Lully), repertório italiano (Strozzi e Carissimi) e também alemão (Schutz e J.S. Bach). Tem-se apresentado desde a sua fundação em todos os Festivais de Música Antiga da ESMAE (edições VII a IX). Com o desejo de fazer o grupo crescer e aumentar a possibilidade de repertório a ser executado, tem explorado várias formações de baixo contínuo, sendo por vezes acompanhado por cravo, viola da gamba e/ou violoncelo.
Com este concerto, que não apresentará a constituição original do grupo, a Camerata tenciona mostrar ao público repertório sacro do século XVII pela Europa, passando por compositores como Barbara Strozzi, Chiara Margherita Cozzolani, Henry Purcell, Giovani Felice Sances e Heinrich Schütz.
Participantes:
Aline Talon, Soprano
Patrícia Pescadinha, Soprano
Ivan Oliveira, Tiorba
Karen Barbosa, Violoncelo
Programa:
Barbara Strozzi (1619-1677)
Ó Maria
Parasti cor meum
Bone Jesu, fons amoris
O quam bonus es
Giovanni Felice Sances (1600-1679)
O Domine Jesu
Giovanni Rovetta (1595/97-1668)
Ó Maria
Toccata Arpegiatta
Domenico Gabrielli (1650-1690)
Sonata
Heinrich Schütz (1585-1672)
Herr, ich hoffe darauf SWV 312
Henry Purcell (1659-1695)
The Blessed Virgin Expostulation
O divae Custos
Notas biográficas
Ivan Oliveira
Formado em cordas dedilhadas Históricas pelo Conservatório Dramático Musical Dr. Carlos Campos de Tatuí – SP e cursando atualmente a licenciatura em alaúde pela Escola Superior de Musica e Artes do Espetáculo – ESMAE no Porto. Inicia, no Brasil, seus estudos no alaúde em 2012 no conservatório de Tatuí sob a orientação da professora Dagma Eid, e em 2013, ingressa como bolsista do Grupo de performance Histórica do conservatório de Tatuí sob a coordenação da professora Selma Marino, onde atua por 3 anos como continuista do grupo. Em 2016 integra também a Orquestra barroca do Brasil, sob a regência de João Guilherme Figueiredo. Em 2017 participa também como continuista da recita da ópera L’Orpheu de Monteverdi em Goiânia – GO, sob a regência do maestro italiano Roberto Zarpellon. Em 2018, atua com o grupo a Trupe Barroca, executando as 4 estações de Vivaldi no teatro São Pedro em São Paulo. Em 2019 integra o grupo Barca Dell 700, onde participa das recitas de Membra Jesu Nostri de Buxtehude e O Messias de Handel sob a regência do maestro Martinho Lutero Galatti. Em 2020 ingressa Na ESMAE e inicia a licenciatura em alaúde sob a orientação dos professores Ronaldo Lopes e Hugo Sanchez, além de participar em projetos internos de orquestra com a professora e cravista Ana Mafalda Castro e com o professor e gambista Xurxo Varela. Em 2022, já em Portugal inicia suas atividades no projeto Encadeamentos, onde é musico integrante do grupo da Encadeamentos Musicais. Em 2023, atua como continuista no concerto de páscoa do Coral de Letras da Universidade do Porto, e participa como músico convidado com o grupo O Bando de Surunyo, além de ingressar como continuísta no grupo Iberian Ensemble onde mantém atividades. Também teve aulas e masterclasses com nomes como Daniel Morais, Dolores Costoyas, William Carter, Regina Albanez e Kajsa Dahlbäck. Atualmente tem suas atividades voltadas para o estudo e prática de baixo continuo com instrumentos como a tiorba, a guitarra barroca e o arquialaúde.
Karen Barbosa
Karen Barbosa é violoncelista e atualmente cursa a licenciatura em música antiga, variante violoncelo barroco na ESMAE sob a orientação da professora Drª Diana Vinagre. Karen também é licenciada em música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, onde iniciou seu contacto com a performance historicamente informada na orquestra barroca da universidade (Orquestra Barroca da Unirio), sob orientação da professora Drª Laura Rónai. Nesta orquestra, em que foi bolsista, participou de festivais desenvolvidos em conjunto com o “Centre de musique baroque de Versailles”. Também participou de diversos festivais e masterclasses voltados ao violoncelo barroco e à música historicamente informada no Brasil, Portugal e Espanha, como a Oficina de Música de Curitiba, Encontro Internacional de Música Antiga da EMESP, Curso Internacional de Música Antiga da ESMAE, Opera Studio de Cedeira, dentre outros, recebendo orientação de violoncelistas dentre os quais Jennifer Morches, Elinor Frey e Fernando Santiago. Como violoncelista, além da atividade na Orquestra, integrou o grupo de câmara Camerata Lieto Fine e acompanhou espetáculos teatrais e de companhias de dança.
Patrícia Pescadinha, soprano (canto barroco)
Patrícia Pescadinha, soprano, encontra-se a estudar canto barroco, na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), com a professora Magna Ferreira e apresenta-se em ensembles como Iberian Ensemble, Metáfora das Florese Ensemble Cistermúsica Sacra, sendo também membro fundador do ensemble Camerata Portvensis.
Iniciou o estudo do canto na Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra, na classe da professora Joaquina Ly e, após término deste curso, entra na ESMAE, no curso de música antiga. Realizou masterclasses com Anna Aurigi, António Salgado, Kajsa Dahlbäck, Kristin Hoefner, Knut Schoch, Mário João Alves e Pedro Teixeira. No âmbito do curso de música antiga, apresentou-se várias vezes com o ensemble Sesquialterae em projetos cénicos. Desenvolveu ainda a personagem Água, na ópera Los Elementos, de António Literes, com o OperaStudiode Cedeira, sob direção musical de Magna Ferreira.
É ainda mestre em Química pela Universidade de Coimbra.
Aline Talon
Bacharel em canto lírico pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sendo aluna do prof. Dr. Inácio de Nonno. Atuou também como corista/solista no Coral Brasil Ensemble – UFRJ, sob regência da professora Dra. Maria José Chevitarese.
No cenário musical brasileiro, atuou em diversos grupos corais como o Coro Sinfônico do Rio de Janeiro, Coro Calíope e o octeto vocal Madrigal Contemporâneo, apresentando-se no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sala Cecília Meireles, Cidade das Artes, entre outras salas de concerto.
Integrou também o Duo Iara, juntamente com o violonista Max Riccio, onde exploravam a música vocal e de cordas desde a música antiga até contemporânea, para além do repertório brasileiro, especialidade de ambos.
Em Portugal, concluiu o curso de pós-graduação em Ópera e Estudos Músicos Teatrais pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), coordenado pelo prof. Dr. António Salgado.
Atualmente, desenvolve ateliês de música pelo projeto Brigadas Espaço T, onde contribui para recuperação e ampliação do desenvolvimento e capacitação de idosos através da arte. Também contribui como cantora na Associação Encadeamentos, onde desenvolve projetos ligados à música antiga e performance.
ELOGIO DAS ARTES NO TEMPO DO BARROCO: MÚSICA, DANÇA E TEATRO | Conservatório de Amarante
19h00 | CASA DA GRANGA, AMARANTE
Coordenação artística
Alexandre Andrade; Telmo Sousa; Daniela Castro; Joana Raposo; Sónia Duarte
O projeto interdisciplinar Elogia das Artes no tempo do Barroco visa o cruzamento performativo da música, dança e teatro. Um trabalho que assume um caracter pedagógico, envolvendo alunos, professores do CCA, e especialistas convidados, em torno das práticas performativas do barroco. Assim, o ponto de partida para o Elogio das Artes no tempo do Barroco é o conjunto das magníficas palavras dirigidas ao pintor José de Avelar Rebelo, um dos principais mestres deste período áureo para as artes portuguesas. Pictor doctus do rei melómano e músico D. João IV, Avelar Rebelo debuxaria aquele que é um dos mais importante retratos de um músico português: o Rebelinho, nascido em Caminha, mas que dali saíra para viver na corte do rei em Vila Viçosa e, depois, que com ele fora para o desaparecido Paço da Ribeira. Mas voltemos às palavras áulicas publicadas nas Poesias Compostasde Pe. Frei Tomás Aranha (1588-1663):
«Soberano pinzel, tu te condenas
A não pintar jamais, pois que chegaste
Rei dos pinzeis, nos Reis, que nos mostraste
Onde chega o juizo humano apenas.
Das linhas de Protogenes ordena
Grossos cordeis, nas linhas que lançaste,
E em garrote de invejas lhe trocaste
O sutil em borrões, à Gloria, em penas.
Tudo contemplo Trino em teus primores;
Painel de tres, Pintor, Rei, verdadeiro
Monarcha, em te occupa r [sic], contigo humano.
Elle imita tres Reis, tu tres pintores,
Elle Affonso, Manoel, & João primeiro,
Tu Miguel, Raphael, & Ticiano».
Desta forma, não só o pintor é engrandecido dadas as suas capacidades, como nós, agora, o elogiaremos com a música e a dança do tempo de D. João IV, na qual incluiremos a declamação destas elevadíssimas palavras onde Avelar Rebelo é comparado aos melhores dos melhores: Michelangelo Buonarroti, que se destacou como escultor mas que também laborara como pintor da Capela Sistina; Raffaello Sanzio, um dos mais célebres pintores de todos os tempos; e Tiziano, que pintou alguns dos mais conhecidos retratos europeus. Vejamos e ouçamos.
Notas biográficas
ALEXANDRE ANDRADE
Natural de Souto, concelho de Santa Maria da Feira, é professor no Conservatório de Música da Jobra, Conservatório de Amarante, Convidado da Universidade Federal de Alagoas e Universidade Federal da Bahia (Brasil).
É Licenciado em Ensino de Flauta Transversal (Universidade de Aveiro) em 1995, na classe de Pedro Couto Soares, realizou o Mestrado em Performance na Irlanda (Waterford Institute of Technology) em 1997. Doutorou-se em Música (Universidade de Aveiro) em 2005, dedicando a sua tese A presença da flauta traversa em Portugal de 1750 A 1850, seu repertório e performance do traverso na 2ª metade do séc. XVIII e 1ª metade do séc. XIX.
Em setembro de 2016, concluiu o Mestrado em Interpretação – Música Antiga – Traverso, na ESMAE (Porto) na classe do prof. Olavo Barros. Também trabalhou em Orquestra Barroca com os professores Pedro Sousa e Silva, Ana Mafalda Castro, Benjamim Chénier e Marco Ceccato. Membro fundador dos agrupamentos Ensemble Ars Iberica, Iberian Ensemble e Ventos do Atlântico tem realizado concertos e formação na área da Música Antiga em Portugal continental, Açores, Espanha; Inglaterra, República Checa, Sérvia, Croácia e Brasil.
TELMO SOUSA
Nasceu em Felgueiras, no ano de 1991, residente em Moure, concelho de Felgueiras e distrito do Porto. No ano letivo 2014/2015, foi bolseiro pelo programa Erasmus, na Hochschule für Musik und Tanz Köln, na Alemanha. No ano de 2016, conclui a Licenciatura em Música, variante de música antiga, na Universidade do Minho. Em 2019, conclui o Mestrado em Ensino, instrumento trompete, na Universidade do Minho. Colaborou com inúmeras orquestras, a nível nacional e internacional, tais como: Orquestra de Jazz de Espinho, Orquestra “Hochschule für Musik und Tanz Köln”(Alemanha), entre outras.
Em 2011, iniciou o estudo do canto com o docente Hélder Bento, na Escola de Música “Art Music”. Em 2015, conclui a disciplina de Canto no Conservatório de Música. Como trompetista e cantor trabalhou com os maestros Pedro Neves, Christoph König, entre outros. Atualmente, é finalista do Mestrado em Música (opção canto), no Instituto Piaget, em Viseu. Iniciou a atividade profissional em 2012, lecionando na Escola das Artes Macpiremo, até 2021. Entre 2013 e 2014, como docente de música, na Escola de Música da Associação Recreativa e Cultural da Universidade do Minho. Entre 2016 e 2017, lecionou na APECDA, em Braga.
No ano letivo 2015/2016, foi docente no Centro Escolar do Fujacal, em Braga. Desde 2015 a 2019, lecionou no Nuguelmusic – Academia de música e artes do espetáculo. Desde 2018, exerce as funções de docente no Ensino artístico especializado, no Centro Cultural de Amarante, Escola de Música e Dança – Maria Amélia Laranjeira. Em simultâneo, leciona no Agrupamento de Escolas ASC. Nos anos letivos de 2019/20 e 20/21, foi Coordenador do Departamento de Sopros e Diretor dos Cursos Profissionais de Instrumentista de Sopro e Percussão e de Cordas e Tecla. Desde agosto de 2021, exerce o cargo de Diretor Pedagógico, conforme alvará nº 231, da DREN, e, ainda, as funções de docente de Naipes e orquestra nos Cursos profissionais e de Canto nos Cursos Livres.
DANIELA CASTRO
Começou a estudar Música aos 6 anos de idade, tendo concluído o Curso Complementar Supletivo de Violino e Flauta Transversal. Nesse caminho, encontrou o mundo da Composição Musical e o seu interesse levou-a a fazer uma Licenciatura na Esmae nesta área. Sempre teve interesse e gosto em cantar em coros, sendo que a componente coral é de grande importância e influência no seu trabalho. Ao mesmo tempo, desenvolveu interesse e paixão pela Dança, tendo tido várias aulas e participado em projectos e espectáculos que lhe trouxeram experiência nos estilos de dança jazz, urbanas, tradicionais, folk e danças antigas. No âmbito das danças folk e tradicionais, fez parte do grupo Dansare e Meraki, e recentemente pertence ao NEFUP – Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto.
Desde há 3 anos que tem vindo a descobrir e a trabalhar sobre as danças históricas, nomeadamente o Renascimento Italiano, o Barroco Espanhol e o Barroco Francês. Nesta sua formação, teve aulas com Catarina Costa e Silva, Ludovica Mosca e Teresa Alves, e fez cursos com Anna Romaní, Diana Campóo, Cecília Gracio-Moura, Bruna Gondoni e Beatrice Massin.
A nível performativo, tem participado em projectos com o Curso de Música Antiga da Esmae, com o grupo O Bando de Surunyo, dirigido por Hugo Sanches, e com Catarina Costa e Silva. Recentemente, participou a solo com dança barroca francesa num espectáculo sobre A Paixão Segundo São João de J.S. Bach, encenada por Pedro Ribeiro, no Centro Cultural Vila Flor em Guimarães.
Tem interesse e vontade de continuar a explorar o mundo das danças antigas e também o seu limiar e intercepção com as danças tradicionais.
De momento, encontra-se a terminar o Curso Complementar Supletivo de Canto no Conservatório de Música do Porto, trabalha profissionalmente com a Música e o seu ensino, e desenvolve e participa em projetos transversais à Música, Dança e Teatro.
JOANA RAPOSO
Nasceu em Lisboa, no ano de 1986, residente em Sobralinho, concelho de Vila Franca de Xira e distrito de Lisboa. Licenciada (1º Ciclo) em Dança, no ano de 2008, na Faculdade de Motricidade Humana. Em 2017, concluiu o Mestrado em Ensino de Dança, na Escola Superior de Dança, do Instituto Politécnico de Lisboa. Realizou várias formações com diversos bailarinos e mestres do Flamenco, tais como: Sofia Abraços, João Hydalgo, Marta Casqueira, Jaime Cala Salas, entre outros.
Iniciou a atividade profissional em maio de 2008, tendo-se destacado em várias vertentes da área artística até ao presente. Foi bailarina e coreógrafa de músicas de Petra Camacho, Karpe Diem, Ricardo Soler, entre outros. Foi coreógrafa da música interpretada por Tânia Tavares, concorrente do Festival RTP da Canção 2011. Bailarina na Companhia de Dança Flamenca de Portugal e na companhia Hijas Del Flamenco. Coreógrafa e bailarina do artista Luís Filipe Reis. Criou e liderou o Grupo Tacón Negro/fuego&flamenco. No decorrer dos anos de 2007 a 2014, lecionou Técnicas de Dança, Sevilhanas e Flamenco em várias academias/escolas: T:Steps, Sobralinho; IDF, S.Domingos de Rana; Dançarte, Telheiras; HR Fitness Club, Forte da Casa; Sociedade Recreativa da Granja, Granja; ASSAF, Forte da Casa e Academia de Dança Professora Paula Manso, em Alverca. Desde setembro de 2014, até à presente data, exerce funções como docente de Dança no Ensino artístico especializado e no Ensino profissional do Curso de Intérprete de Dança Contemporânea e Docente de técnica de sevilhanas e flamenco, na instituição Centro Cultural de Amarante, Escola de Música e Dança – Maria Amélia Laranjeira. Entre setembro de 2014 e agosto de 2020, na mesma instituição, exerceu o cargo de Coordenadora do Departamento de Dança. Desde setembro de 2020, é Diretora do Curso Profissional de Intérprete de Dança Contemporânea e em dezembro, do mesmo ano, é nomeada Diretora Pedagógica de Dança do Centro Cultural de Amarante.
SÓNIA DUARTE
É professora, investigadora e possui doutoramento em História da Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com a nota máxima. Estudou Ciências Musicais (FCSH/NOVA); Educação Musical (ESE/IPP); História da Arte (FLUP); Conservação e Restauro de Pintura (CCI); Piano e Percussão (Conservatório de Música do Porto). Foi bolseira do Museo Nacional do Prado, para o estudo da pintura barroca (2018); da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP/ ARTIS – Instituto de História da Arte (2017-22), para a tese doutoral e construção da base de dados de pintura e iconografia musical em Portugal; do Ministério da Cultura / Museu Nacional da Música (2010-11); e da Câmara Municipal de Penafiel / Arquivo Histórico (2013). É autora de mais de uma centena de artigos, recensões, capítulos de livro e conferências, mormente, em torno da pintura, da retratística musical e da iconografia musical em Portugal, estendendo-se, por ora, de Alvaro Pirez d’Évora a Maria de Lurdes de Mello e Castro, passando por Sofia de Souza e tantos outros nomes.