Clarinetista, maestro e compositor, Luís Carvalho (n.1974) distingue-se como um dos mais versáteis músicos portugueses da sua geração. Estudou clarinete e composição no Porto com António Saiote e Fernando Lapa, respectivamente, e detém um Doutoramento em Música pela Universidade de Aveiro. Aperfeiçoou-se no estrangeiro com Michel Arrignon, Jacques di Donato, Walter Boyeckens e Alain Damiens (clarinete), frequentou workshops e palestras com Magnus Lindberg e Luis de Pablo (composição), e em Milão, S. Petersburgo e Madrid estuda direcção de orquestra com Jorma Panula e Jesus López-Cóbos, tendo ainda concluído uma pós-graduação em direcção de música contemporânea, com Arturo Tamayo, na Universidade de Alacalá de Henares (Madrid). Foi galardoado com o “Prémio do Melhor Aluno do Curso” (1994) da ESMAE-IPP (Porto), semifinalista no Concurso Internacional de Clarinete “Dos Hermanas” em Sevilha (Espanha-1995), e ainda vencedor dos Prémio de Música de Câmara da Juventude Musical Portuguesa (1995), “Concurso Helena de Sá e Costa” da ESMAE (1997) e “Concurso de Interpretação do Estoril” (2001). Integrou a Orquestra Portuguesa da Juventude [OPJ] desde 1991, a Orquestra de Jovens do Mediterrâneo (França) desde 1996, e a Filarmonia das Beiras (Aveiro) como solista-principal entre 1997 e 2007, tendo-se igualmente apresentado em concertos a solo e recitais um pouco por toda a Europa, Norte de África, Médio-Oriente, América do Sul e Ásia. Destacam-se as suas apresentações no EUROCASS-Congresso Europeu de Clarinete e Saxofone (Budapeste-1997), no CLARMEETOPORTO-Congresso Internacional de Clarinete do Porto (1999/2001/2003) e na nova edição ClarMeet.Porto (2015/2016/2017), bem como nos ClarinetFest-ICA, Congresso Mundial do Clarinete (Porto-2009 e Madrid-2015). Realizou ainda uma aclamada digressão pelo estado do Espírito Santo (Brasil-2013), com concertos em Vitória (Teatro Carlos Gomes) e Festival de Inverno de Domingos Martins, com a Camerata Nov’Arte, grupo de que é diretor artístico e musical. Dos seus concertos escreveu a crítica que toca «com uma sonoridade redonda e robusta, uma técnica formidável e uma convincente musicalidade» (James Gillespie in revista The Clarinet), tendo sido considerado «um dos mais completos clarinetistas portugueses» (Fernando C. Lapa in Público). Dirige regularmente as principais orquestras portuguesas, e obras suas são frequentemente executadas em Portugal e além-fronteiras (Espanha, França, Itália, Bélgica, Alemanha, Holanda, Venezuela e Brasil). Luís Carvalho aparece em cerca de uma vintena de CD’s, quer como clarinetista, maestro ou compositor, e em etiquetas como NUMÉRICA, CASA DA MÚSICA, AFINAUDIO, MOLENAAR ou PUBLIC ART. É docente da Universidade de Aveiro.

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